30 abril, 2019

Culinária Capixaba - Tradição e Cultura

Não se pode negar que visitar um local sem experimentar sua gastronomia é a mesma coisa que ir a uma praia e não entrar em suas águas. Os sabores, cultura e tradições locais são cuidadosamente repassados nas receitas dos pratos típicos. No Espírito Santo, não seria diferente. A Culinária Capixaba tem uma forte relação com a pesca, herança indígena e negra. Com a imigração dos povos europeus, foram somados as massas e a polenta  (italianos) e o bacalhau (portugueses), embora os pratos a base de pescado nunca terem perdido a sua força na culinária capixaba.

Moqueca Capixaba - Gaeta - Meaípe (Guarapari/ES)

Devido ao seu tamanho continental, diversidade de colonização e imigração, não podia-se esperar que no Brasil houvesse um único prato típico que conseguisse representar toda a riqueza deste país. Por isso, a culinária regional ganha força nas regiões e estados brasileiros, apresentando suas tradições em forma de sabores e aromas. E pensando nesta diversidade, o tema da Culinária Regional foi o escolhido para a Blogagem Coletiva do mês de Abril. Então ao ler este post prepare-se para já querer experimentar um pouco deste Brasilzão!

Falar de cultura gastronômica do Espírito Santo e esquecer que o estado possui cerca de 400 quilômetros de praia não faz muito sentido. Isso porque boa parte da gastronomia encontra no mar e nos rios seu principal ingrediente - o pescado. E a infinidade de pratos que tem como o pescado são de encher os olhos, como o arroz de polvo, camarão no coco, caranguejada, torta capixaba e as diversidades de moquecas. Dos pratos, o mais conhecido e com fama internacional é a Moqueca Capixaba

Moqueca Capixaba - Ilha do Caranguejo - Jardim Camburi (Vitória/ES)

Embora a moqueca seja um prato bem conhecido na costa brasileira, é em terras espirito santenses que ela ganha temperos únicos - que por sua vez, destacam o sabor do peixe e camarão presentes na panela de barro (patrimônio cultural capixaba com registro no IPHAN). É também no Espírito Santo que a Moqueca Capixaba ganha uma acompanhante que fazem muitos se apaixonar - a Moqueca de Banana da Terra.


Mas o que tem nessa Moqueca Capixaba que faz ela ser tão especial?

Pois bem, o primeiro item a ser considerado na Moqueca Capixaba e na Panela de Barro. Aqui, só se faz moqueca (e também serve-se os acompanhamentos) em panelas de barro. Devido a sua espessura e propriedades, além de fazer que o cozimento dos ingredientes seja no tempo devido, ela também realça os sabores. A moqueca não leva água, o que faz com que o cozimento deva ser lento, para que o peixe alcance a textura ideal sem ficasr desmanchando na panela. Outros ingredientes da moqueca capixaba são a cebola branca, tomate, azeite de oliva, colorau, pimenta, cebolinha verde, coentro, sal e o peixe. Para incrementar, o camarão também é muito utilizado. Observe que não são muitos ingredientes, com o intuito de não sobrepor os temperos ao gosto da carne.

Moqueca Capixaba - Teresão - Ilha das Caieiras (Vitória)

Para acompanhar a Moqueca Capixaba, arroz branco, pirão e a famosa Moqueca de Banana da Terra. Segundo conta as histórias, a Moqueca de Banana foi uma "alternativa" encontrada pelo Sr. Nhozinho (Mestre Moquequeiro Capixaba) ao ter que servir nosso prato típico a um grupo de indianos, que estavam a negócios no Estado. Como eles eram vegetarianos, a solução encontrada foi fazer a nossa tradicional moqueca, trocando o peixe pela banana da terra. Logo, esse prato fez o maior sucesso e passou a integrar os acompanhamentos da Moqueca Capixaba - entretanto, em alguns restaurantes pode-se pedir apenas ela.

Pirão e Moqueca de Banana da Terra - Ilha do Caranguejo - Jardim Camburi (Vitória/ES)

Comer Moqueca Capixaba combina tanto com um almoço em família como aquela refeição gostosa a beira da praia. Em Meaípe (Guarapari), a gente já provou e aprovou a Moqueca do Gaeta. Em Vitória, as opções são o famoso Pirão, o Ilha do Caranguejo, o Partido Alto, o Bar e Restaurante do Bigode, o Kiosque do Alemão e os restaurantes da Ilha das Caieiras.

Vista do Teresão - Ilha das Caieiras - Vitória/ES

Vista do Gaeta - Meaípe - Guarapari/ES
E a Torta Capixaba?

Agora outro prato bem tipico do Espírito Santo e praticamente presente em todas as casas nas Sextas-feiras da Paixão é a Torta Capixaba. Neste prato, o bacalhau (de influência portuguesa) junta-se aos frutos do mar (sururu, ostra, caranguejo, siri e camarão) e ao peixe (geralmente badejo) e com os temperos (cebola branca, tomate, alho, azeitona, cebolinha verde, coentro, limão e azeite de oliva) e o palmito dão origem a uma torta macia, de sabor marcante e bem leve. 


Sr. Nhozinho (Gaeta) e a tradicional Torta Capixaba - Meaípe (Guarapari/ES)

Apresentação de André Cicilioti da Torta Capixaba  no Recanto da Pedra - Iriri (Anchieta/ES)

Restaurante Recanto da Pedra - Iriri - Achieta/ES

A procura pelos ingredientes da torta nos dias que antecedem a semana santa é grande, e é possível encontrar muitos ambulantes vendendo palmito. Também é comum ver restaurantes e padarias aceitando encomenda para esta delícia, tão tradicional na mesa do capixaba nesta época.

Agora que tal conferir outros posts que também tratam das regionalidades da culinária? Segue uma listinha marota para ler e já escolher qual será o próximo destino!

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25 abril, 2019

Vale dos Dinossauros - Canela/RS

Se estiver viajando com crianças ou a sua criança interior curte o mundo nada discreto dos dinossauros, fazer a dobradinha Gramado-Canela para conhecer o Vale dos Dinossauros será um dos passeios imperdíveis a ser feito. As trilhas nada convencionais do parque levam os seus visitantes a uma experiência tanto visual quanto auditiva, que a gente descreve neste post.

Vale dos Dinossauros - Gramado/RS

O Vale dos Dinossauros

Manu curte o mundo dos dinos, e confesso que sem qualquer influência dos pais. E quando definimos Gramado como destino (muito por causa da pequena), logo passamos a listar quais das atrações a agradariam e apresentamos para ela, que prontamente escolheu o Parque como lugar que queria conhecer.

O ingresso para entrar no Vale dos Dinossauros não é lá o mais amigável ao bolso (R$60,00 a inteira e R$30,00 para crianças), e confesso que quando pensamos no valor que seria depositado, deu uma leve vontade de desistir – mas promessa é dívida, e uma das grandes se for para uma criança – então, lá fomos nós. Chegamos ao parque por volta das 16 horas, e sabíamos que teríamos como limitante ali o tempo a ser dedicado a atração.

Após a compra dos ingressos na bilheteria (que é próxima ao estacionamento do parque), um micro-ônibus nos leva até a entrada real do passeio. No percurso – que não dura 10 minutos – o motorista aproveita para fazer a turma já entrar no clima do parque.

Vale dos Dinossauros - Canela/RS

Chegando no Vale dos Dinossauros, há duas trilhas que podem ser percorridas. Ambas são curtas, e durante o passeio por meio do cenário natural alguns dinossauros estão expostos. Na primeira trilha que percorremos os movimentos realizados pelos dinossauros passa a impressão que eles não querem ser vistos e estão na posição ‘estatua’, alguns apenas mexendo apenas os olhos ou dedos e fazendo pouco ruído/barulho. Já no caminho para a segunda trilha, é possível ver os dinossauros com mais movimentos e emitindo sons mais fortes – dando a impressão que ou os incomodamos ou estão marcando o território. Passar pelas duas trilhas, mesmo que com muita atenção ao trabalho exposto, não deve tomar mais que uma hora.

E aí, esse dino intimida? - Vale dos Dinossauros - Canela/RS

Será que a Manu se intimidou?

Será que a gente não volta a infância? Vale dos Dinossauros - Canela/RS

Aquele sorriso cativante - Vale dos Dinossauros - Canela/RS

E essa criança rindo? Vale dos Dinossauros - Canela/RS

Mais do Vale dos Dinossauros - Canela/RS

Aquela surpresa boa - Vale dos Dinossauros - Canela/RS

Te lembra algum filme? Vale dos Dinossauros - Canela/RS

Sobre o encantamento da pequena - Vale dos Dinossauros - Canela/RS

Resolvemos incrementar o passeio com uma pequena aventura de quadriciclo – cerca de 25 minutos passando por trilhas de nível fácil e atravessando um riacho. Um dos pontos altos desta aventura é a parada numa pequena cachoeira. Esta pequena aventura de quadriciclo custou R$100,00 (fomos os três num só – e pagamos em dinheiro após a negociação do preço).

Que tal uma aventura? Vale dos Dinossauros - Canela/RS

O Vale conta também com uma pequena 'lanchonete' temática, além de uma loja para os amantes do tema. O desafio ali, caso esteja com uma criança, é sair com comprar nada na loja.

Dino Bar - Vale dos Dinossauros - Canela/RS

Informações importantes

O Vale dos Dinossauros está localizado na Estrada do Caracol (RS 466), n.°1600. Para quem vem de Gramado, na margem esquerda da rodovia (e um pouco antes do Parque Estadual do Caracol). É possível chegar ao Parque tranquilamente com o auxilio do Google Maps. Lá também é uma das paradas do BusTur que faz passeio turístico por Gramado e Canela.

Reserve para o passeio ao menos uma hora caso goste muito do tema e queira olhar com calma os movimentos e detalhes dos dinossauros. Se resolver incrementar com o quadriciclo, aqui a sugestão é destinar duas horas para o passeio completo.

Caso vá em meses quentes (como a gente, que foi em pleno verão), a dica é fugir dos horários mais quentes do dia e encaixar o passeio no início da manhã ou final da tarde. Mas se for no inverno, tente não ir tão tarde – para poder aproveitar a luz do sol. Outra informação importante para quem for no verão e fazer também o quadriciclo é, além de usar roupas confortáveis, levar repelente.

Cachoeira avistada no passeio de quadriciclo - Vale dos Dinossauros - Canela/RS

No mais, aproveite o passeio!

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23 abril, 2019

Museu de Ciências Naturais da PUC Minas - Belo Horizonte/MG

Alguns passeios são difíceis de não fazer com a Manu quando viajamos com ela. Entre estes, estão geralmente exposições que envolvem dinossauros - uma das muitas paixões da pequena. Sabendo da coleção de fósseis e animais taxidermizados do Museu da PUC, este foi uma da escolhas que a pequena curtiu aos montes em Belo Horizonte.

Museu de Ciências Naturais da PUC Minas - Belo Horizonte

O Museu PUC Minas

O Museu de Ciências Naturais da PUC Minas nasceu em 1983, com o intuito de promover o conhecimento da história natural do Estado de Minas Gerais. Seu acervo atual é composto por cerca de 130 mil espécimes, reunidos ao longo de seus 35 anos de  pesquisas realizadas e distribuídos nas coleções Fósseis (Paleontologia), Fauna Brasileira atual de Mamíferos (Mastozoologia), Aves (Ornitologia), Répteis e Anfíbios (Herpetologia), Peixes (Ictiofauna), Animais Invertebrados e Botânica, além de Arqueologia, Astronomia e Bioacústica. 

Dos fósseis incríveis do PUC Minas - Belo Horizonte/MG

A primeira exposição permanente do PUC Minas foi em 2001, de Peter L. Wund - Memórias de um Naturalista, uma homenagem ao pai da paleontologia brasileira. Já em 2002 foi de fato aberto ao público, e em 2013, devido a um incêndio, permaneceu fechado a visitações - voltando apenas em dezembro daquele ano.


A visita ao PUC Minas

Aos domingos o auditório do PUC Minas cede espaço para a música, com os Concertos Dominicais Peter Lund. Por sorte do destino, no final de semana que estávamos em Belo Horizonte no domingo teria a apresentação da Orquestra Jovem Vallourec, às 11 horas. E após a apresentação, o Museu PUC abriria para visitação por uma hora. Logo, conseguimos primeiro nos encantar com os acordes belíssimos da orquestra e depois curtir as feras do Museu.

Concertos Dominicais Peter Lund - PUC Minas - Belo Horizonte/MG

Será que Manoela quis participar? Orquestra Jovem Vallourec - PUC Minas - Belo Horizonte/MG

Apreciar fósseis de animais já extintos, assim como o que ainda temos em fase de extinção expostos no Museu dá um aperto no coração. Mas para a Manu, tudo era fantástico, principalmente a ideia de que estes seres vagavam tão perto de onde ela se encontrava atualmente. E se a pequena já tinha curiosidade pela arqueologia, esse contato fez a mesma só aumentar.


Para a alegria dos pequenos: fósseis de dinossauros! Museu PUC Minas - Belo Horizonte/MG
 
E aí, encontrou a borboleta? Museu PUC Minas - Belo Horizonte/MG

Sobre a fauna brasileira - PUC Minas - Belo Horizonte/MG

Nossos pequeninos mamíferos - PUC Minas - Belo Horizonte/MG

O tempo no qual o Museu fica aberto pós a Orquestra é suficiente para apreciar todas as exposições ali. Mas a cantina e loja, ficam fechadas nestas ocasiões. 



Infos úteis sobre o PUC Minas

O Museu de Ciências Naturais PUC Minas fica próximo a PUC, facilmente encontrado através do Google Maps. Para o deslocamento até lá, nossa opção foi automóvel, visto que dali tínhamos outros compromissos e a localização do Museu não é tão perto de outros atrativos de Belo Horizonte.

O ingresso custa R$10,00, sendo gratuita a entrada para menores de 3 anos, funcionários, estudantes da PUC Minas e Colégios Santa Maria além de membros do Conselho Internacional de Museus (ICOM). Crianças de 4 a 12 anos e adultos acima de 60 anos, assim como estudantes possuem direito a meia entrada. 

Os dias e horários de visitação ao PUC Minas é de terça a sábado, das 9 às 17 horas, com a venda de ingressos se encerrando 15 minutos antes do fechamento do Museu. Para poder fazer a dobradinha Orquestra + Museu, conferir a programação no site. Aproveite para andar um pouco pelo campus da PUC e tirar umas fotos com os dinos por lá espalhados!

Campus da PUC Minas - Belo Horizonte/MG

No mais, caso também tenha um pequeno curiosos perto ou dentro de você, que curte um pouco de fósseis e dinos, super aconselho a visita.

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11 abril, 2019

Bondinhos Parque da Serra - Cascata do Caracol - Canela/RS

Outra forma de se apreciar a Cascata do Caracol e toda a sua exuberância é através dos Bondinhos Aéreos do Parque da Serra. Localizado praticamente ao lado do Parque Estadual do Caracol, o Parque da Serra possui uma vista privilegiada da Cascata, além de atrações divididas em três Estações, de acordo com as "paradas" dos bondinhos.

Bondinhos Aéreos - Parque da Serra - Canela/RS

O Parque da Serra e os Bondinhos Aéreos

O Parque da Serra esta localizado a cerca de 750 metros a nível do mar, com vegetação nativa de Mata Atlântica e também Mata de Araucária. Sob suas estações é possível observar o Vale da Lageana e todo o charme da escarpa que a natureza deixou ali de presente. 

Cascata do Caracol do Parque da Serra - Canela/RS

As atrações deste parque são apresentadas nas Estações em que a gente entra nos bondinhos. São elas a Estação Central, a Estação Animal e a Estação Cascata. A entrada se dá pela Estação Central, que é a do meio. Ali, é possível admirar a área dos parques do Mirante, tem lojas de lembranças e uma pequena lanchonete. 


Chegada dos Bondinhos a Estação Central - Parque da Serra - Canela/RS

Já a Estação Animal é a mais alta, onde além do mirante para os parques é possível percorrer uma pequena trilha com animais de madeiras estrategicamente alocados, para nos lembrar da fauna silvestre que é possível encontrar pela região. 


Trilha Acessível da Estação Animal - Parque da Serra - Canela/RS

Aqui também tem o Espaço Esculturas que Falam, onde diversas esculturas de animais em madeira reproduzem o som destes. São cerca de 80 peças elaboradas pelo artista Masaharu Hata. Para poder aproveitar com calma este espaço, reserve pelo menos 20 minutos para poder testar os sons dos animais de madeira ali expostos sem pressa - e seguindo as instruções do monitor que ali estiver.

Espaço Esculturas que Falam - Parque da Serra - Canela/RS

Um pouco da fauna local retratada em esculturas de madeira - Parque da Serra - Canela/RS

Depois de apreciar as esculturas, é possível se deliciar com um sorvete ou pipoca, e seguir para a Estação Cascata - possivelmente uma das mais esperadas. Ali, há um espaço para fotos com a Cascata do Caracol ao fundo e uma loja de lembranças. 

Cascata do Caracol vista do Mirante da Estação Cascata - Parque da Serra - Canela/RS

O Parque da Serra funciona todos os dias, das 9 às 17 horas. Os ingressos custam R$42,00 (adulto), R$21,00 (crianças entre 6 a 12 anos e acima de 60 anos) e gratuidade aos menores de 5 anos. 

Nossa Experiência nos Bondinhos Aéreos

Fomos aos Bondinhos Aéreos do Parque da Serra após termos passado uma manhã deliciosa no Parque Estadual do Caracol, como a gente compartilhou neste post. A ideia era ver a Cascata das formas possíveis e disponíveis aos turistas com crianças. Como já tinha olhado o preço da entrada na internet, foi tranquilo digerir que estaríamos pagando ali para um adulto quase o valor total investido na atração anterior.

Os Parques da Serra tem estacionamento, o que ajuda bastante - visto que este foi o meio de transporte escolhido por nós para o deslocamento entre as cidades de Gramado e Canela. Chegamos e logo estacionamos o carro, próximo a entrada. A primeira parte a ser enfrentada foi a fila para compra dos ingressos e assim, entrarmos na Estação Central. Dali, continuamos na fila para entrar nos bondinhos. 

Os bondinhos vem em grupos de três, e cada um cabe até seis pessoas confortavelmente. A dica aqui é sempre buscar ficar num bondinho que seja da ponta (o primeiro ou o último), para que a vista seja melhor. E dentro do bondinho, próximo as janelas a vista também é privilegiada. Destaco aqui que os bondinhos não são climatizados, o que no verão pode gerar um pequeno desconforto.

Aquela parceria para a vida - Parque da Serra - Canela/RS

A primeira descida é na Estação Animal, como já relatado. Ali, é possível fazer a trilha e seguir para o Espaço Esculturas que Falam, além de ir ao banheiro. Nesta Estação também tem um espaço no qual é possível comprar pipoca e sorvete.

A parada nesta estação pode levar de 20 a 60 minutos, dependendo da interação com as obras ali expostas. Aqui, fomos parando em cada escultura da trilha, lendo as informações apresentadas nos cartazes com a  pequena e depois interagindo com as esculturas no Espaço. Então já pode ir se programando - se estiver com criança, destine ao menos 40 minutos aqui - pois elas vão amar!

Informações sobre a fauna local - Parque da Serra - Canela/RS

Sobre a trilha e seus animais - Estação Animal - Parque da Serra - Canela/RS

Mais da trilha - Estação Animal - Parque da Serra - Canela/RS

Por que escutar faz bem - Espaço Esculturas que Falam - Parque da Serra - Canela/RS

Aquela escultura clássica - Parque da Serra - Canela/RS

Da Estação Animal, descemos para a Estação Cascata. Um dos chamariz desta Estação é o fato de ser o ponto mais próximo da Cascata do Caracol, em linha reta. Ali, há um pequeno mirante no qual é possível tirar fotos com a Cascata ao Fundo. Há um fotografo ali fazendo fotos profissionais, e caso escolha essa opção, terá um espaço privilegiado para tirar sua foto. Caso não (como foi o nosso caso), dá para tirar a foto assim que estiver subindo as escadas para pegar o bondinho de volta - a dica é só esperar um pouco o lugar esvaziar!


Foto clássica com a Cascata do Caracol ao fundo - Estação Caracol - Parque da Serra - Canela/RS

Subindo rumo ao retorno a Estação Central, nos é informado de uma nova atração, o Eagle. O Eagle trás um pouco do espirito aventureiro ao parque, como uma especie de tirolesa com cadeiras. O valor é pago a parte (R$35,00) e na ocasião que fomos, não me lembro por qual motivo, não estavam aceitando cartões de debito. Não chegamos a ir no Eagle - Manu ainda não tem o tamanho que fornece segurança para ela - e aí, fomos companheiros da pequena.

Não sei se por ter visto a Cascata do Caracol do Parque Estadual e de diversos ângulos, somado ainda um tempo em que no Observatório só tínhamos nós, não achei tão encantador assim a vista dos Bondinhos. O diferencial do Parque da Serra, na minha humilde opinião, é o bondinho somado com a Estação Animal. Então caso queira ter uma experiência quase que completa sob as vistas possíveis da Cascata e ainda de quebra andar num bondinho, aconselho a dobradinha. 

Caso você tenha que escolher, pense no estilo de passei que mais te agrada: o com um contato maior com o ambiente natural (Parque Estadual) ou apenas observar a Cascata e andar de bondinhos (Parque da Serra). Mais opiniões sobre a experiência recomendo os posts do blog Meus Roteiros de Viagem e o Fui Ser Viajante.

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04 abril, 2019

Parque do Caracol - Canela/RS

Um dos pontos turísticos mais visitados do sul do Brasil, o Parque Estadual do Caracol, localizado em Canela/RS, é uma Unidade de Conservação com cerca de 100 hectares de muito verde e fauna silvestre nativa, como o veado e as cotias. Um dos destaques do parque é a Cascata do Caracol, que pode ser avistada tanto pelo mirante como pelo observatório.


Cascata do Caracol - Canela/RS

Nos anos 50 a área que atualmente abarca do parque foi desapropriada para a sua criação. Dos seus 100 hectares, cerca de 25% são destinadas as atividades turísticas, e o restante mantém-se preservado e funcionando como uma espécie de reduto para a fauna da região. A principal atração do parque possivelmente seja a Cascata do Caracol, com cerca de 130 metros de queda. Destaca-se ainda a formação Serra Geral, com suas rochas basálticas e cercada pela mata fechada.


O acesso ao Parque do Caracol

A acesso ao parque se dá pela Estrada do Caracol (RS-466), a cerca de 7 km de Canela. Vindo de Gramado, há placas orientativas por todo o trajeto, indicando a entrada para o parque (que se dá pela mesma mão da via). 

Para entrar é necessário pagar R$20,00 (inteira - janeiro/2019) por pessoa. Destaco aqui algumas gratuidades, como a meia entrada para doadores de sangue e crianças. Neste valor já é considerado o estacionamento, dentro da área do parque. 


Acesso inicial as trilhas do Parque Estadual do Caracol - Canela/RS

O que fazer no Parque do Caracol

Muitas são as opções de atividades no Parque do Caracol, que variam de trilhas (com diversos níveis de dificuldades) a aproveitar as sombras das árvores para fazer um belo piquenique. Devido a estrutura do parque, é possível aproveitar das churrasqueiras e fazer uma bela confraternização em família. 

O parque conta ainda com um Centro Histórico Ambiental, Estação Sonho Vivo, Artesanato, Mirante e Observatório. Ou seja, atividades para passar pelo menos uma parte do dia ocupada.

Chegamos ao parque ainda cedo, por volta das 9hs. Isso nos permitiu estacionar o carro em uma boa sombra e pegar o parque com os primeiros turistas do dia ainda entrando. E depois de percorrer um pequeno trecho do caminho que dá acesso tanto ao Mirante quanto ao Observatório, optamos em conhecer primeiro o Observatório. 

Como não era mais que 9h30, fomos os primeiros a subir - o que nos deu liberdade de ficar um bom tempo observando a Cascata do Caracol e o mix de formações rochosas com o verde da mata. Para subir no observatório paga-se uma taxa de R$24,00 (por adulto). Por sorte do destino, no dia que fomos todos estavam pagando meia entrada (e Manu, grátis) o que com que nem pestanejássemos em subir para apreciar a vista dali. E quer saber, vale demais! Das opções que vimos a Cascata do Caracol, ali foi a melhor. Lá em cima tem uns binóculos, o que facilitou até para a pequena ficar observando todo aquele complexo. Também há uma loja com itens do parque - para os amantes de lembranças/recordações. Destaco aqui que a subida é feita por um elevador, facilitando o acesso para quem possui limitações de movimentos.


A vista do Observatório do Parque do Caracol - Canela/RS

Serra Geral, Mata e a Cascata: ❤ - Canela/RS

Será que ela curtiu? Parque do Caracol - Canela/RS

Depois de ficarmos ao menos 1 hora no Observatório, hora de disputar um espaço no Mirante. Devido ao sol de verão e também a lotação, não ficamos nem 10 minutos no mirante principal. Talvez o fato de ter apreciado a cascata no Observatório quebrou um pouco o charme do Mirante.


Manu observando a Cascata de outro ponto de vista - Mirante - Parque do Caracol - Canela/RS

Após apreciar a Cascata, hora de explorar um pouco mais o parque. Embora não estivéssemos com a vestimenta mais apropriada para uma trilha, lá fomos nós por elas. Um dos objetivos era chegar mais perto da queda, pela Escada da Perna Bamba - cerca de 700 degraus. Mas como a escada estava fechada por motivos de segurança, optamos em fazer a trilha do Arroio e chegar próximo a um ponto de banho conhecido como Prainha.



Sobre as paisagens da trilha do Arroio - Parque do Caracol - Canela/RS

Sob o céu azul e verde do Parque do Caracol - Canela/RS

Um dos mirantes menores da trilha do Arroio - Parque do Caracol - Canela/RS

Sobre apreciar a natureza - Parque do Caracol - Canela/RS

Depois da trilha, hora de passar rapidamente pela Estação Sonho Vivo, para a pequena ver um pouco do encanto daquele lugar. Ali, é possível fazer um percurso (não chega a 1 km) de trenzinho e tirar algumas fotos bacanas. 



Estação Sonho Vivo - Parque Estadual do Caracol - Canela/RS

Estação do Parque do Caracol - Canela/RS

Devido a adiantada hora (por aqui já era algo em torno de 13 horas) fomos ao restaurante do parque para almoçar com tranquilidade. Pois bem, o Parque conta com um restaurante bem servido, com uma comida caseira e com temperos na medida. Existe a opção de buffet livre (R$35,00 por pessoa) ou por quilo (R$69,90 o quilo) no Saber e Flor. O suco natural (e uma delícia, destaco aqui) custou R$10,00 enquanto o chope pilsen de uma cerveja belga (500 ml) saiu por R$20,00. A observação aqui é caso escolha comer um uma mesa do lado de fora (como foi nossa opção), observar para que ela esteja na sombra - e assim, propicie um almoço com mais conforto.



Restaurante Saber e Flor - Parque do Caracol - Canela/RS

Informações Importantes sobre o Parque do Caracol

Devido a sua finalidade de proteção ecológica, algumas coisas não são permitidas no Parque (e nós é avisado na entrada). São elas:

  • coletar plantas;
  • caças e perseguir animais;
  • coletar minerais;
  • tomar banho no Arrorio Caracol;
  • beber água direto do arrorio;
  • fazer fogueiras fota das churrasqueiras;
  • alimentar os animais silvestres;
  • sair das trilhas
O Parque Estadual do Caracol funciona todos os dias, das 9 às 17h30 horas. Em feriados prolongados e férias escolares, é importante observar que ele estará mais concorrido. Mais informações e percepções podem ser encontradas no Quanto Custa Viajar e no Vambora.

Por aqui, achamos o Parque Estadual Caracol uma das atrações imperdíveis da região de Gramado e Canela, e confesso que se tivesse mais tempo, passaria fácil um dia ali! Então, nem titubeie e ponha essa atração na sua listinha de quando for visitar a região.

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